quinta-feira, 18 de novembro de 2010

O que fazer quando a memória começa a falhar?

Por sandracamelo
cerebro.jpgSerá que poderemos vir a ter falhas de memória? De que forma o cérebro actua? Na conferência realizada no Museu da Ciência, em Coimbra, a cientista Cláudia Pereira, do Centro de Neurociências explica as várias razões de “Quando a Memória nos Atraiçoa?”.
Um dos frequentes problemas de memória é conhecido pela “Amnésia”. A cientista Cláudia Pereira explica que há dois tipos conhecidos: a amnésia orgânica, provocada por distúrbios de células nervosas, como traumatismos ou degeneração das próprias células cerebrais; e a amnésia psicogênica, que resulta de factores psicológicos. Algumas das possíveis causas para o aparecimento deste problema são a idade, depressões, ansiedade, falta de vitamina B, doenças de tiróide, alcoolismo, tumores cerebrais e encefalites.
Estudos científicos mostram como a memória pode ser exercitada, de forma a obter uma melhor capacidade de aprendizagem e de memorização. ““Fitness” cerebral, actividade intelectual contínua, exercícios mnemónicos, aprender novas habilidades, cultivar a atenção, ter uma actividade física regular, alimentação saudável, e dormir bem” são acções que conduzem a um melhor desempenho da memória, afirma a cientista.
 “Botox” ou “Viagra” para o cérebro? 
A era da “cosmética neurológica” está na moda e chegou ao mercado. Embora ainda não aprovados, são comprimidos que ajudam a estimular o cérebro e a combater as perdas de memória. As chamadas “Smart drugs” são, então, estimulantes cognitivos, ainda dos quais alguns em desenvolvimento, que foram até agora usados, apenas, no tratamento da demência e de outras doenças cerebrais. Muitas das vezes, e talvez sem saber como funcionam, estes comprimidos são usados pelos estudantes para conseguirem melhorar a capacidade de estudo, especialmente em época de exames.
A cientista Cláudia Pereira realçou, também, que o consumo reduzido a moderado de álcool pode ser benéfico para a memória. “A cafeína previne e pode também retardar a perda de memória”, acrescenta. Um outro estudo, realizado em França, mostrou que a ingestão de mais de três chávenas diárias de café pode melhorar o desempenho em testes de memória em mulheres, especialmente com idades superiores a 65 anos.
Todavia, nem tudo tem cura, no que respeita à memória, como é o caso da doença de Alzheimer, diagnosticada há 100 anos pelo médico alemão Alois Alzheimer. Doença neurodegenerativa crónica do sistema nervoso central, progressiva e fatal continua sem cura nem terapêutica preventiva. 

Um comentário:

  1. Oi, Sueli
    Bastante interessante esse texto. Nunca havia pensado sobre memória do ponto de vista clínico.

    ResponderExcluir